Categoria: Orgânica

Usando sódio para purificar trietilamina

NurdRage comenta que a trietilamina é barata e normalmente é descartada quando está contaminada. O vídeo abaixo foi feito como uma demonstração de conceitos e técnicas envolvidas em um procedimento de purificação da trietilamina.

Um procedimento simples de purificação dessa trietilamina seria a destilação; e o sódio foi neste caso adicionado para evitar que contaminantes destilem junto com o material de interesse.

É possível ver bolhas sendo formadas sobre o sódio metálico durante o procedimento – um claro sinal da presença de água e outros compostos como contaminantes.

Você pode ver mais detalhes do procedimento no vídeo.

Vídeo com legenda em português. Ative a exibição das legendas pelo YouTube.

Atenção: Este experimento somente deve ser realizado em um laboratório equipado e com todos os itens de segurança necessários.

Texto e legenda escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle [email protected]. Química (Licenciatura) – Universidade Federal do Pampa.

Como fazer ácido fórmico

Os materiais de partida para se fazer o ácido fórmico, como demonstrado no vídeo abaixo, são o glicerol (glicerina) e o ácido oxálico.

O uso da glicerina será feito como uma etapa para se obter o ácido fórmico.

O NurdRage explica os detalhes do procedimento e o cuidado necessário para se manter a estabilidade da temperatura a fim de não decompor os reatantes e assim resultar em perdas no rendimento.

Um curioso acidente acontece durante a demonstração. Um inseto caiu dentro do frasco coletor da destilação. Será que foi atraído pelo odor de algum dos compostos?

Vídeo com legendas em português. Ative a exibição das legendas pelo YouTube.

Atenção: Este experimento somente deve ser realizado por pessoas com treinamento adequado, em um laboratório equipado com segurança e de posse de todos equipamentos de proteção individual.

Texto e legenda escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle [email protected]. Química (Licenciatura) – Universidade Federal do Pampa.

Síntese do ácido cinâmico

Desta vez o canal NileRed demonstra como realizar a síntese do ácido cinâmico – uma substância bastante utilizada como aromatizante e na indústria farmacêutica.

Mais especificamente, o método demonstrado é focado na obtenção da forma trans do ácido cinâmico.

Os reagentes utilizados:
– 50mL de piridina
– 25 g de ácido malônico
– 10 mL de benzaldeído
– 2 g de (beta)-alanina
– 150 mL de ácido clorídrico 6M

A vidraria, detalhes do procedimento e reações envolvidas podem ser vistos no vídeo abaixo. O rendimento dito foi em torno de 87%.

Vídeo com legenda em português.

Não realize estes experimentos em local sem os equipamentos de segurança adequados. Tenha cuidado!


Texto e legenda escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle [email protected]. Química (Licenciatura) – Universidade Federal do Pampa.

Atropina, veratridina e ácido fórmico

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Já que falamos tanto de venenos e armas químicas, seria bom também ter alguma forma de tratamento para essas agressões. Uma dessas substâncias é a atropina – usada em alguns casos de envenenamento por pesticidas ou agentes nervosos. Sendo que a estratégia do tratamento vai depender da substância intoxicante, da severidade do caso e do tempo disponível para agir.
Na natureza a atropina pode ser encontrada em plantas popularmente conhecidas, como por exemplo, na mandrágora, beladona ou trombeteira; que são bastante tóxicas. Então a diferença entre uma substância ser um veneno ou um medicamento quase sempre está na dose.


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A veratridina (ou veratrina) é uma substância tóxica que pode ser encontrada nas plantas do gênero Veratrum.
A literatura científica relata envenenamentos por causa da veratridina presente nestas plantas. Antigamente os casos eram mais comuns, pelo uso de extratos de Veratrum na formulação de pesticidas e em medicamentos para tratamento de hipertensão.
Recentemente o descuido de um um casal de excursionistas resultou na ingestão por engano do bulbo da planta Veratrum parviflorum; pensando que era a espécie Allium tricoccum. Por sorte a ingestão não foi fatal. 


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Desde a antiguidade já se sabia que alguns ninhos de formiga exalavam um odor ácido. E em 1671, o naturalista inglês John Ray, conseguiu obter o ácido fórmico por meio de uma destilação de um grande número de formigas. O nome da substância tem origem no latim, formica, que significa formiga.
Se você colocar uma flor de chicória perto de um ninho de formigas, que atacam inimigos com ácido fórmico, verá que as pétalas mudam de cor por causa da acidez, passando do azul para o vermelho.
Algumas espécies de pássaros irritam formigas para que o ácido fórmico produzido ajude a eliminar parasitas nas penas. 

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Gossipol, bedaquilina e imidacloprida

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O gossipol é uma substância que aparece naturalmente na semente do algodão. A planta produz como uma forma de defesa contra insetos. É tóxico para humanos e nos homens causa a diminuição da contagem de espermatozoides. Chegando até a ser pesquisada como um possível contraceptivo masculino. Com o revés de ser um método que pode causar esterilidade permanente.
Pesquisadores estão perto de desenvolver uma variedade de algodão que não tenha gossipol; permitindo que esta seja usada na alimentação de animais e na fabricação de óleo que não necessite de elaborados processos de refino.


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A bedaquilina é um dos desenvolvimentos mais recentes no tratamento da tuberculose. Sendo reservado especialmente para casos da doença que são resistentes a outros tipos de terapia.
O medicamento deve ser utilizado com cuidado, principalmente por afetar o coração e fígado – demandando acompanhamento cuidadoso do paciente. O uso da bedaquilina foi aprovado nos EUA em 2012 pelo FDA e no Brasil pela Anvisa em fevereiro de 2019.
A organização ‘Médicos sem fronteiras’ apoia uma luta de contestação da patente da bedaquilina na Índia. Em uma tentativa de ampliar o acesso ao medicamento. 


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A imidacloprida é um inseticida que faz parte de um grupo de compostos batizados de neonicotinóides. Essa denominação se deve a uma semelhança com a nicotina. Os neonicotinóides foram desenvolvidos no início da década de 90 para se buscar a função inseticida da nicotina, com menores níveis de toxicidade para os mamíferos. Mas, temos um problema! A imidacloprida é extremamente tóxica para as abelhas. Recentemente a União Europeia decidiu pelo banimento do uso de alguns neocotinóides, incluindo a imidacloprida. Com a infeliz inclusão de vários pedidos de ‘uso emergencial’.

Alicina, benzaldeído e propofol

Fonte: https://www.instagram.com/p/CB6Boprj5CJ/

Você já percebeu que o característico cheiro forte do alho só aparece quando os dentes são cortados?
Isso ocorre porque a alicina, responsável pelo forte aroma, só é gerada quando algo fere a planta, causando a mistura e reação entre a aliina e a aliinase.
Uma curiosidade é que quando o dirigível Hindenburg foi enchido com gás hidrogênio, também usaram alhos esmagados para alertar a equipe de possíveis vazamentos do gás inflamável. Infelizmente a estratégia não teve sucesso, e uma faísca causou a explosão do dirigível em 6 de maio de 1937 – resultando na morte de 36 pessoas. 


Fonte: https://www.instagram.com/p/CK1TaEYL48T/

Benzaldeído no óleo de amêndoas amargas, cerejas marrasquino e no aroma do café! Atualmente o composto é sintetizado artificialmente e utilizado na indústria de alimentos – em bolos e biscoitos – como uma forma de imitar o aroma de amêndoas.
Uma pequena quantidade de benzaldeído também aparece no hálito humano. Sendo isto objeto de estudos como uma possível forma de detectar a presença de pessoas presas em desabamentos.
As abelhas tem aversão ao benzaldeído. Isso é utilizado por alguns apicultores como repelente temporário para facilitar o manejo das colméias.


Fonte: https://www.instagram.com/p/CKo9u5irRy-/

O propofol é um medicamento principalmente utilizado em procedimentos que demandam anestesia. A escolha ocorre por agir rapidamente e causar poucos efeitos colaterias – quando comparado com as alternativas. Por ser insolúvel em água o propofol é fabricado como uma emulsão oleosa em água, resultando na aparência de um líquido leitoso. A sua aparência e tendência em dificultar a lembrança de eventos durante a sedação, fizeram com que fosse apelidado de ‘Leite de Amnésia’.

Infelizmente o propofol foi provavelmente o responsável por uma overdose que resultou na morte do Michael Jackson, em 2009. 


Texto e legenda escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle [email protected]. Química (Licenciatura) – Universidade Federal do Pampa.