De sabugo de milho a furfural

espigas de milho amarelas
O cheiro de uma colheita de milho lembra muito o odor do furfural. Algumas fontes descrevem como sendo um odor característico de amêndoas – o que não consigo confirmar por não conhecer o cheiro de amêndoas. Durante os processos laboratoriais envolvendo o furfural é possível também sentir um cheiro de milho queimado; e suspeito que isso tenha relação com a síntese de alguma outra substância semelhante ao furfural – talvez alguma oxidação.

Apesar de uma origem aparentemente inofensiva, o furfural apresenta uma certa toxicidade e algumas fontes indicam que a exposição crônica na pele pode aumentar a suscetibilidade à queimaduras por Sol (sem informar o motivo disto).

A síntese do furfural pode ser feita de maneira simples em um laboratório. Bastando usar sabugo seco de milho, ácido sulfúrico e sal (NaCl) (veja os detalhes em http://www.orgsyn.org/demo.aspx?prep=cv1p0280 ).

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( [email protected] ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.

Imagem em licença Creative Commons (by-nc 2.0), via Emily.

Por que o gelo racha na água?

gelo rachado apos imerso em nitrogenio
Brady Haran, o vídeo-jornalista da série Periodic Videos, ficou curioso em saber o motivo do gelo algumas vezes rachar quando entra em contato com água.
Nada melhor do que perguntar ao Professor Martyn Poliakoff, químico na Universidade de Nottingham.
E a solução para o enigma é relativamente simples. Quando o gelo estiver bastante frio e for colocado em um líquido, acontecerá uma expansão mais rápida do gelo que está em contato com a água, enquanto o interior do gelo ainda permanece contraído. Essa diferença de movimentos dentro do gelo acaba resultando em rachaduras.
Mas e se você jogar o gelo em nitrogênio líquido? Que é um líquido muito mais frio do que o gelo, o que acontece?
Desta vez ocorre um efeito contrário; com contração rápida da parte externa do gelo, gerando tensões internas e rachaduras.

O vídeo possui legendas em português. Ative as legendas no vídeo clicando na pequena ‘engrenagem’ que aparece quando você inicia o vídeo abaixo!

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( [email protected] ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.

Fluoresceína sob luz ultravioleta

fluoresceína dentro de tubo de ensaio
A fluoresceína, especialmente na forma de seu sal sódico, chamado algumas vezes de uranina, é um composto químico que ao ser dissolvido em água e colocado sob luz ultravioleta emite uma coloração que fica entre o verde e o amarelo. O interessante é que quando está sólida, a fluoresceína tem uma cor vermelha bem forte, tornando o efeito de cores bem inusitado.

Por causa desse brilho intenso é de se esperar que a fluoresceína seja amplamente utilizada como corante. E na pesquisa científica pode ser utilizada como um marcador para ressaltar certas características de um material orgânico ou de fluídos de origem biológica, pois o composto pode se ligar e ‘marcar’ certas proteínas.

A dependência do brilho com a acidez do meio também permite criativos usos da fluoresceína na determinação do pH de uma amostra.

Vídeo com a adição de fluoresceína em água e etanol (vídeo sem legendas).

Texto escrito por Lígia Bartmer e Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle.

Destilando álcool de uma cerveja

topo da fervura da cerveja
A Professora Sam Tang da Universidade de Nottingham fala um pouco sobre as propriedades químicas do etanol e então demonstra como é possível extrair, por destilação, o álcool presente em uma lata de cerveja.
Sam também diz que a forma da molécula do etanol é muito parecida com um cachorro, semelhante ao propano que já comentamos aqui neste site.
E o Professor Martyn lembra que na história da humanidade era comum a ingestão de bebidas alcoólicas fracas para evitar o consumo de água contaminada; pois a presença de álcool na bebida funcionava como uma espécie de conservante.
O vídeo possui legendas em português. Ative as legendas no vídeo.

Veja também qual é a utilidade do álcool radioativo.

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( [email protected] ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.

O valor de um diamante

diamante de mentira
A visão de um químico sobre o valor de um diamante, como diz o Professor Martyn Poliakoff, vai um pouco além do valor do diamante como joia.

O interesse dos químicos é sobre a estrutura do diamante, perceptível na rigidez do arranjo e ligações entre os átomos de carbono do material.

Um dos usos dessa grande resistência do diamante é como material utilizado em equipamentos que aplicam altíssimas pressões em pequenas quantidades de um determinado composto. Veja o que ocorre com o oxigênio ao ser submetido a altas pressões, em https://imagens.tabelaperiodica.org/oxigenio-solido/.

Para fugir dos altos valores do diamante utilizado em joias, os pesquisadores normalmente optam por gemas sintéticas, que podem inclusive ter suas propriedades levemente modificadas pela inserção de pequenas quantidades de outros elementos químicos na estrutura de carbono do diamante.

Vídeo com legendas em português. Ative clicando no botão ‘captions’ que aparece no vídeo embutido abaixo.

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( [email protected] ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.

E se o gelo não flutuasse?

gelo flutuando em um bequer com agua liquida
Uma das clássicas perguntas que parece simples, mas que se levada a sério pode gerar uma série de implicações explicações sobre a química e a física envolvidas no fenômeno.
O que aconteceria se o gelo não flutuasse na água?

O Professor Martyn Poliakoff, da Universidade de Nottingham na Inglaterra, explica sobre as diferenças de densidades entre gelo e diferentes líquidos, além das propriedades isolantes que o gelo possui. Martyn também lembra que o gelo é branco e reflete a luz solar alterando a temperatura e o clima da Terra.

E o vídeo tem uma surpresa de algo simples e genial. O que acontece quando você coloca gelo (feito com água) em álcool puro?

Vídeo com legendas em português. Ative clicando no botão ‘captions’ que aparece no vídeo embutido abaixo.

Veja também o vídeo sobre a água pesada https://www.emsintese.com.br/2010/agua-pesada/.

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( [email protected] ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.