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Hexafluoreto de enxofre – uma molécula para odiar


No podcast produzido pela Royal Society of Chemistry, o Professor Dr. Andrea Sella comenta que existe uma molécula que ele realmente odeia, e esta é o hexafluoreto de enxofre (SF6).

O hexafluoreto de enxofre já fez famosas aparições em diversos vídeos pela internet, em um deles a elevada densidade do gás faz com que este acumule no fundo do recipiente em que é gentilmente colocado, causando um efeito semelhante a um ´líquido invisível´;

em outro vídeo Adam Savage, apresentador do programa Mythbusters, mostra a influência do gás na voz. Na primeira parte do vídeo Adam inala hélio, ficando com voz de Pato Donald, e logo em seguida inala hexafluoreto de enxofre, tornando a voz forte e pesada.

Tal mudança na voz ocorre pela diferença de vibração das cordas vocais quando em presença destes dois tipos de gases.

Mas porque Andrea Sella poderia odiar um gás? Ele argumenta corretamente que o SF6 é um gás extremamente inerte, permanecendo estável mesmo em condições severas. E justamente por isso tem aplicação em situações nas quais algo inerte é desejado, como por exemplo na indústria de produção de magnésio, na qual serve como uma capa de proteção de contato do magnésio com o oxigênio do ar. E o ódio de Sella torna-se claro quando lembra que o SF6 é um gás-estufa extremamente potente, com um efeito 32.000 vezes maior do que o gás-estufa CO2, se considerado um intervalo de 500 anos de atuação; que certamente será ainda maior, já que o SF6, por ser inerte, tem uma expectativa de duração na atmosfera de mais de 3200 anos.

A indústria, já sabendo destes problemas, busca constantemente modos de substituir o uso do material por outras substâncias menos agressivas ao meio ambiente.

Talvez não só a voz ganhe um timbre de vilão com o gás, mas ele próprio mostra o seu lado traiçoeiro.

Podcast
https://www.chemistryworld.com/podcasts

Para baixar o podcast, em inglês, acesse
http://www.rsc.org/images/CIIE_SF6_tcm18-197761.mp3

Podcast – Distillations


A Chemical Heritage Foundation (CHF), uma fundação para a promoção e preservação da história da química, realiza periodicamente um podcast (arquivo de áudio).
Com duração média de 10 minutos, o podcast semanal aborda diversos assuntos que percorrem desde antioxidantes até toxinas. Iniciado em dezembro de 2007 o programa alcança a bela marca de 97 edições.
(em inglês)
https://www.sciencehistory.org/distillations/podcast

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Química do Gin e Tônica

explicação de quinina pelo professor
O Gin (ou Gim) é comumente bebido junto com água tônica, e existe uma razão histórica para tal.
Veja um pouco da interessante história deste drinque e da química envolvida nos ingredientes.

Este vídeo possui legendas em português. Se não está conseguindo ver as legendas, clique aqui e aprenda como ativar a visualização.

O podcast é de uma excelente série sobre química produzida pelo Professor David K. Smith, do Departamento de Química da The University of York. A tradução foi feita com autorização de David.

Aguarde que em breve teremos mais vídeos da série!

Elementos químicos em áudio


A tabela periódica está cada dia mais multimídia. O espetacular projeto de vídeos sobre a tabela periódica já é um sucesso absoluto de acessos no Youtube.
Mas ainda existe espaço para mais conteúdo interessante. A equipe do Chemistry World mantém um podcast sobre diversos elementos. Em cada caso um cientista ou autor reconhecido faz algum comentário interessante sobre o elemento em questão.

Chemistry in its element
https://www.rsc.org/periodic-table/podcast

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( [email protected] ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.

Telescópio de poeira lunar

Flickr créditos  Rhys Jones Photography
Construir um telescópio gigante na superfície luna tem sindo um antigo sonho para os astrônomos. Um telescópio lunar com o mesmo tamanho do Hubble (2,4 metros de diâmetro) seria uma ferramenta fenomenal para a astronomia. Já um do mesmo tamanho do maior telescópio terrestre (10,4 metros de diâmetro) seria muito mais eficiente porque na Lua a atmosfera é bem menos densa e não existiria o problema de distorção óptica. Mas como seria possível construir na Lua um objeto que provavelmente teria mais de 50 metros?
Este sonho e desafio foi encarado pelo astrofísico da Nasa, Peter C. Chen, que propos a interessante idéia de se utilizar poeira lunar como um dos materiais de construção deste espelho lunar gigante. Esta tática seria mais barata, pois minimizaria a necessidade de transporte de grandes quantidades de material da Terra até a Lua.
Chen testou a possibilidade de se utilizar um compósito misturando epóxi, nanotubos de carbono e poeira lunar. Os compósitos normalmente apresentam propriedades interessantes para estes casos, como a combinação entre leveza e grande resistência. Um compósito bem conhecido é a mistura de fibra de carbono com epóxi, utilizada na estrutura de algumas bicicletas de competição.
Para testar as propriedades deste compósito lunar, Peter Chen misturou em seu laboratório a epóxi, uma pequena quantidade de nanotubos de carbono e uma mistura que simula a composição da poeira lunar. O resultado foi um material duro, denso e forte como concreto.
Entusiasmado com o resultado inicial, Chen resolveu testar a construção de um espelho utilizando a conhecida técnica de rotação da mistura. Ele derramou a mistura em uma forma (de 30 cm de diãmetro) e submeteu o conjunto a uma rotação constande até o bloco solidificar. Essa rotação garante que a peça adquira a desejada forma parabólica. Depois de endurecida a peça foi inserida em uma câmara de vácuo para depositar uma fina camada de alumínio e obter uma superfície espelhada.
Os nanotubos de carbono tornam o compósito condutor, essa condutividade pode garantir um rápido equilíbrio térmico em todo o espelho e também possibilita que seja possível aplicar uma corrente elétrica em eletrodos anexos ao espelho para corrigir eventuais deformações.
Chen calculou que para construir um espelho do mesmo tamanho do Hubble seria necessário levar para a Lua cerca de 60kg de epóxi, 1,3kg de nanotubos e 1g de alumínio, completando a mistura com 600kg de poeira lunar.
Até este ponto a idéia parece simples, mas as dificuldades começam quando se lembra que é necessário também transportar até a Lua a forma, os aparatos de mistura e de deposição da camada de alumínio, além de ter a dificuldade de se eliminar a contaminação da própria poeira lunar sobre a superfície espelhada.
A idéia de criar compósitos aproveitando a poeira lunar também pode ser expandida para a construção de blocos de estruturas em futuras bases lunares.

Fonte
https://science.nasa.gov/science-news/science-at-nasa/2008/09jul_moonscope

O texto também está disponível em audio (MP3 em inglês)
https://smd-prod.s3.amazonaws.com/science-red/s3fs-public/atoms/files/2008_07_09_09jul_moonscope_resources_story.mp3

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( [email protected] ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.

Podcast da Nature – Química

Podcast da Nature

A revista Nature publica bimestralmente um podcast (arquivo de áudio) sobre química.
A edição de maio/junho está disponível, e tem como tema principal a nanotecnologia.

Um grupo do MIT relata sobre como desenvolveram técnicas para inserir nanopartículas em células.

Também está em debate a possibilidade dos nanotubos de carbono apresentarem riscos à saúde.

Acesse os podcasts anteriores em
https://www.nature.com/nature/articles?type=nature-podcast

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( [email protected] ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.