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Bastão de luz pulsante: Um experimento químico incrível em vídeo

Em um dos vídeos mais intrigantes do canal NurdRage, é demonstrada a realização de uma reação quimioluminescente oscilante — um fenômeno raro e visualmente impressionante, popularmente conhecido como “bastão de luz pulsante”. Trata-se de uma reação química que, em vez de produzir um brilho constante, emite pulsos regulares de luz azul, como se a própria solução respirasse em flashes luminosos.

A preparação requer precisão e atenção rigorosa à segurança. Inicialmente, dissolve-se o sulfato de cobre penta-hidratado em água, formando uma solução separada. Em um recipiente maior, combinam-se tiocianato de potássio, hidróxido de sódio (substância fortemente corrosiva) e luminol, também dissolvidos em água. Em seguida, as duas soluções são misturadas, ajustando-se o volume total para aproximadamente um litro com água destilada.

Opcionalmente, pode-se aquecer a mistura a cerca de 50 °C. Essa etapa não é essencial, mas intensifica o fenômeno: os pulsos se tornam mais rápidos e mais intensos, oferecendo um espetáculo ainda mais marcante.

O momento crucial ocorre com a adição cuidadosa de peróxido de hidrogênio a 30% — outro composto corrosivo que exige o uso de luvas de proteção. Quando as luzes do ambiente são apagadas, a solução exibe inicialmente um brilho azul fraco. Após alguns instantes, inicia-se uma sequência hipnotizante de pulsos de luz azul brilhante, que surgem, desaparecem e se repetem em ciclos. Segundo o vídeo, esses pulsos ocorrem naturalmente com um intervalo de cerca de 30 segundos, embora essa periodicidade tenha sido acelerada na edição para fins demonstrativos.

A reação prossegue com seus ciclos luminosos até que os reagentes se esgotem. Trata-se de um exemplo impressionante de como a química, além de ser uma ciência exata e rigorosa, pode também nos oferecer experiências estéticas e sensoriais únicas — uma verdadeira dança de luz e moléculas em movimento.

Vale destacar que o vídeo inclui advertências sobre a manipulação de substâncias perigosas, como o peróxido de hidrogênio concentrado e o hidróxido de sódio, ambos altamente corrosivos. O uso de equipamentos de proteção individual, especialmente luvas resistentes a produtos químicos, é indispensável para a realização segura do experimento.

Vídeo com legenda em português. Ative a exibição das legendas pelo YouTube.

Veja também
Mão que brilha
Refrigerante que (não) brilha no escuro
Comemorando Halloween com show de quimioluminescência

Legenda do vídeo escrita por Luís Roberto Brudna Holzle – Professor Doutor na Universidade Federal do Pampa ( luisholzle@unipampa.edu.br ). Texto revisado com ajuda de IA.

Espectroscópio particular de Raman

senhor usando espectroscopio de raman
Professor Sir Martyn Poliakoff, da Universidade de Nottingham, mostra o espectroscópio particular do famoso cientista indiano Chandrasekhara Venkata Raman.
Raman – melhor chamar de Raman, porque poucos conseguem lembrar ou pronunciar Chandrasekhara Venkata – é conhecido por uma técnica de análise muito utilizada na química; a espectroscopia Raman.

O espectroscópio é uma versão de bolso que Raman usava para observar casualmente materiais que encontrava no seu cotidiano.

A espectroscopia de Raman é um método de análise de materiais que permite obter informações químicas sem necessitar efetuar uma destruição da amostra.

Vídeo com legendas em português. Use o botão CC que aparecerá no vídeo para selecionar a opção de legenda em português.


Texto e legenda escritos por Luís Roberto Brudna Holzle – Professor Doutor na Universidade Federal do Pampa ( luisholzle@unipampa.edu.br )

Uma mão que brilha!

mão com luva e líquido que brilha no escuro
O líquido extraído de pulseiras luminosas de várias cores foram utilizadas para criar este efeito.
O brilho mais intenso foi obtido pela iluminação por luz negra (ultravioleta (UV)).
A mão foi protegida com uma luva para evitar queimaduras na pele, que podem ocorrer devido à possível presença de certa quantidade de água oxigenada (peróxido de hidrogênio) na composição deste tipo de pulseira luminosa.
Por ser um produto adquirido avulso, não é possível saber exatamente a composição química do material.

Para saber mais sobre a química, e alguns experimentos, veja:
Quimiluminescência orgânica: alguns experimentos de demonstração para a sala de aula

Imagem em licença Creative Commons (by-nc-sa).
by nc sa

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.

Filtro solar

química do protetor solar
Estamos em junho, em pleno inverno, qual é a razão de falar sobre um filtro solar? Se você mora no norte do Brasil ou está viajando para uma região na qual atualmente é verão, precisará de um filtro solar. Além disso, em certos casos é indicado utilizar um filtro solar mesmo durante o inverno. Um dermatologista pode te ajudar a decidir sobre a necessidade e frequência de uso.

Durante a viagem para a Austrália o Professor Martyn aproveitou um pouco da famosa praia de Bondi, e explicou um pouco sobre o funcionamento de um filtro solar.

A proteção para filtrar parte da luz ultravioleta (UV) ocorre pelas características químicas e físicas do produto. Na proteção física os produtos costumam ter em sua composição óxido de zinco e/ou óxido de titânio que refletem a luz UV, impedindo que danifique a pele.

Veja mais informações no vídeo.

Vídeo possui legenda em português. Para ativar a visualização clique no play e após clique no botão CC que aparecerá no vídeo.

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.

Diamante amarelo

Mrtyn Poliakoff em seu escritório
Recentemente os sites de notícias divulgaram sobre o leilão de um diamante amarelo, arrematado por aproximadamente 10,9 milhões de dólares.

Como um diamante pode ser amarelo? Normalmente estamos acostumados com diamantes sem cor. O que pode causar tal efeito? E qual é a raridade da gema?

Martyn Poliakoff, químico da Universidade de Nottingham, explica que a coloração dos diamantes pode variar dependendo do tipo de contaminante presente na estrutura da gema, que normalmente é composta apenas de átomos de carbono.

No caso do diamante amarelo houve uma inclusão de pequeníssimas quantidades de nitrogênio na estrutura química do diamante, permitindo que um diferente tom de cor fosse percebido.

Vídeo possui legenda em português. Para ativar a visualização clique no play e após clique no botão CC que aparecerá no vídeo.

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.

Aquele brilho

radiação e brilho azul
Popular em filmes, o brilho característico um reator nuclear, ou em materiais radioativos, possui uma explicação.
Parte deste belo e hipnótico brilho pode ser explicado pelo Efeito Tcherenkov, que manifesta-se quando uma partícula carregada eletricamente passa por um meio isolante em uma velocidade superior à da luz para este meio, emitindo uma radiação eletromagnética que pode estar na faixa do visível.
É bom lembrar, que a velocidade da luz no vácuo é a máxima, e que em meios diferentes do vácuo a velocidade da luz pode ser menor. Desta forma existe a possibilidade de que uma partícula carregada eletricamente possa deslocar-se em uma velocidade superior à da luz para aquele meio.
Mais informações na Wikipedia, https://pt.wikipedia.org/wiki/Efeito_Tcherenkov.

A imagem acima foi registrada no Argonne National Laboratory, centro de pesquisas científicas do Departamento de Energia dos EUA, como parte de investigações no aperfeiçoamento de processos em reaproveitamento do material utilizado em um reator nuclear.

Em um reator nuclear o urânio perde eficiência ao longo do tempo em que é utilizado na usina, e precisa ser reposto por material novo, resultando em um indesejado resíduo radioativo. E é neste ponto de aprimoramento da recuperação e reutilização destes resíduos que trabalha a equipe de pesquisadores do Argonne National Laboratory

O canal do Argonne no YouTube deixa disponível um vídeo (em inglês) sobre as pesquisas que realizam nesta área.


Aos 3m35s do vídeo acima, eles comentam que o processo de manipulação do material radioativo é feito com proteção de um vidro que contém chumbo, que também é descrito em um vídeo sobre o chumbo (realizado pelo Periodic Videos).

Imagem sob licença Creative Commons, via Argonne National Laboratory(Flickr).