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Demonstrações interativas de química


Já são conhecidas as demonstrações interativas baseadas em Java e Flash, e que estão disponíveis em diversos sites pela internet.

Para enriquecer ainda mais este conjunto de material interativo, indico a bela coleção de demonstrações virtuais científicas disponibilizada pelo Wolfram Web Resources.
Para acessar visite
http://demonstrations.wolfram.com/topics.html
e então escolha ´Physical Sciences´, e após ´Chemistry´.
O material está classificado em diversas áreas da química.
Se preferir você pode utilizar o campo de buscas para pesquisar assuntos mais específicos.

Para ter controle total das animações será necessário instalar o software gratuíto de uso das animações disponíveis no site. Para isto acesse
http://www.wolfram.com/products/player/
e clique em ´Download player now´.

Algumas das demonstrações interativas disponíveis na sistema da Wolfram:
Resolução para a lei dos gases ideais (equação de Clapeyron)

Reação de segunda ordem

Titulação de ácido fraco com base forte

Leia também:
Usando o Wolfram Alpha na química

Espuma de barbear em baixa pressão

espuma em baixa pressão
Este vídeo demonstra o que ocorre ao se colocar espuma de barbear colocada em um suporte e em seguida submeter o sistema a uma queda de pressão.

Agora, vamos pensar, porque a barba expande?
Podemos prever este tipo de situação através da equação dos gases ideais PV=nRT (podemos considerar como um comportamento ideal, pois no gás que está dentro das bolhas da espuma está com condições brandas).
Podemos considerar que a temperatura e o número de móis são praticamente constantes, portanto o que irá varia será a pressão e o volume. E pela equação P=nRT/V percebemos que o volume é inversamente proporcional à pressão (Lei de Boyle-Mariotte). Quando a pressão cai, o volume aumenta. Portanto teremos um aumento do volume da espuma.

Criptônio – reage com flúor

explicando sobre o criptônio
O criptônio é um gás nobre não muito reativo, mas reage com o flúor. A reação com o flúor requer uma luz brilhante para quebrar as ligações.
Criptônio também pode ser usado em laser.

Veja estas e outras informações no vídeo abaixo (legendado em português).

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( [email protected] ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.

Tanque de hidrogênio mais leve do que baterias

O pesquisador holandês Robin Gremaud demonstrou que liga dos metais magnésio, titânio e níquel é um excelente absorvedor de hidrogênio. Esta liga leve leva o uso do hidrogênio para mais próximo do cotidiano como uma fonte de combustível para veículos. Um tanque de hidrogênio que use esta liga terá um peso relativo de 40% menos do que um sistema de baterias. Para encontrar a melhor liga Gremaud desenvolveu um método que permite o teste simultâneo de centenas de amostras de diferentes metais para sua capacidade de absorver hidrogênio. A companhia britânica Ilika, de Southampton já demonstrou interesse.

O hidrogênio é considerado um combustível limpo e, portanto, importante para o futuro. Este gás pode ser usado diretamente nos automóveis em um motor de combustão interna, como o hidrogênio no veículo da BMW, ou pode ser convertida em energia elétrica nas chamadas células a combustível, como nos ônibus Citaro em serviço em Amsterdam.

O grande problema da utilização do hidrogênio nos transportes é o armazenamento seguro deste gás altamente explosivo. Isto pode ser conseguido através de metais que absorvem o gás. No entanto, um inconveniente deste método é que ele torna os tanques de hidrogênio um pouco pesados.

A bateria, uma competidora como forma de armazenamento da energia elétrica, se sai ainda pior. Dirigir por quatrocentos quilômetros com um carro elétrico, com performance comparável ao Toyota Prius, irá precisar de um carro que corregue 317 quilogramas de modernas baterias de lítio em sua jornada. Com a liga metálica leve de Gremaud a mesma distância irá precisar de um tanque de hidrogênio de ´somente´ 200 quilogramas. Embora esta nova liga seja importante no desenvolvimento do hidrogênio como combustível, a descoberta da tecnologia final para o hidrogênio está longe de ser alcançada.

Hidrogenografia ( Hydrogenography )

Em sua pesquisa Gremaud fez uso de uma técnica para medir a absorbância de hidrogênio por metais, baseando-se no fenômeno de ´switchable mirrors´ descoberto na University Amsterdam. Quase 10 anos atrás pesquisadores descobriram que certos materiais perdem sua refletividade pela absorção de hidrogênio. Esta técnica tornou-se conhecida como hidrogenografia, ou “escrever com hidrogênio”. Usando essa técnica, Gremaud foi capaz de analisar simultaneamente a eficácia de centenas de diferentes combinações dos metais magnésio, titânio e níquel. Métodos tradicionais precisariam de testes separados para cada liga.

Leia mais em
Hydrogen tank lighter than battery

Argônio – inerte e brilhante

mostrando luz com argônio
Um tubo com argônio em baixa pressão e submetido a uma alta tensão produz uma luz azulada.
O argônio é um gás inerte e os químicos tiveram uma certa dificuldade em identificá-lo. Foi só em 1894 que William Ramsay conseguiu identificar o elemento.

Veja esta e outras informações no vídeo abaixo.

O vídeo foi legendado em português. Para ver a legenda, clique no PLAY e depois ative a legenda clicando no botão no inferior direito e selecione “Ativar Legendas >> Português”.
Assista mais vídeos traduzidos em
http://www.youtube.com/view_play_list?p=BFA8BBE552D8FF65

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( [email protected] ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.

Hélio – próximo ao zero absoluto


As preocupações com as reservas de petróleo estão todo o dia na mídia e são válidas. Menos popular, e igualmente preocupante, é a possibilidade da diminuição dos estoques de hélio disponíveis em escala industrial. Ou então, qualquer alteração significativa no preço do produto.

A falta deste gás inerte traria significativas dificuldades para o desenvolvimento tecnológico e manutenção do funciomamento de diversos equipamentos. Os usos variam de refrigeração de aparelhos de ressonância magnética até simples balões de festa.

Em pesquisa científica o hélio tem uma aplicação ainda mais crucial. Por apresentar uma temperatura de ebulição de 2,4K (−268.93 °C) o seu valor está no alto poder de refrigeração, um fator crucial principalmente em aplicações que demandam a existência da supercondutividade em algum aparato.

Por possuir uma temperatura de liquefação extremamente baixa o gás foi o último a ser liquefeito, e a tarefa foi conseguida por Heike Kamerlingh Onnes, em 1908, em uma acirrada competição com James Dewar. Esta história é narrada no excelente documentário Absolute Zero, da BBC.

Qualquer método de produção artificial de hélio não asseguraria o mínimo das exigências de consumo atual.
O preço do gás dobrou nos últimos 5 anos e a demanda crescente causou preocupação na comunidade científica americana. A decisão de venda de reservas estratégicas causou reação resultando em um relatório da National Academy of Sciences com a alertas sobre os níveis de estoque nos EUA. Outras fontes de informação alegam que a falta total de hélio no planeta não seria ponto de preocupação para um futuro próximo, e que reservas naturais em diversas partes do mundo poderiam garantir um abastecimento constante por muitos anos.

A imagem que ilustra este artigo contém um curioso alerta: “Inalar hélio para alterar a voz pode ser fatal e não deve ser permitida”. O aviso existe porque algumas pessoas gostam de brincar com o hélio, pois a inalação resulta em uma voz modificada por alguns segundos, ficando parecida com a voz do Pato Donald. O cilindro indica também que o gás é de alta pureza. Nesta caso seria um desperdício de dinheiro usar para alguma brincadeira boba e perigosa.

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( [email protected] ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.