Tanque de hidrogênio mais leve do que baterias

O pesquisador holandês Robin Gremaud demonstrou que liga dos metais magnésio, titânio e níquel é um excelente absorvedor de hidrogênio. Esta liga leve leva o uso do hidrogênio para mais próximo do cotidiano como uma fonte de combustível para veículos. Um tanque de hidrogênio que use esta liga terá um peso relativo de 40% menos do que um sistema de baterias. Para encontrar a melhor liga Gremaud desenvolveu um método que permite o teste simultâneo de centenas de amostras de diferentes metais para sua capacidade de absorver hidrogênio. A companhia britânica Ilika, de Southampton já demonstrou interesse.

O hidrogênio é considerado um combustível limpo e, portanto, importante para o futuro. Este gás pode ser usado diretamente nos automóveis em um motor de combustão interna, como o hidrogênio no veículo da BMW, ou pode ser convertida em energia elétrica nas chamadas células a combustível, como nos ônibus Citaro em serviço em Amsterdam.

O grande problema da utilização do hidrogênio nos transportes é o armazenamento seguro deste gás altamente explosivo. Isto pode ser conseguido através de metais que absorvem o gás. No entanto, um inconveniente deste método é que ele torna os tanques de hidrogênio um pouco pesados.

A bateria, uma competidora como forma de armazenamento da energia elétrica, se sai ainda pior. Dirigir por quatrocentos quilômetros com um carro elétrico, com performance comparável ao Toyota Prius, irá precisar de um carro que corregue 317 quilogramas de modernas baterias de lítio em sua jornada. Com a liga metálica leve de Gremaud a mesma distância irá precisar de um tanque de hidrogênio de ´somente´ 200 quilogramas. Embora esta nova liga seja importante no desenvolvimento do hidrogênio como combustível, a descoberta da tecnologia final para o hidrogênio está longe de ser alcançada.

Hidrogenografia ( Hydrogenography )

Em sua pesquisa Gremaud fez uso de uma técnica para medir a absorbância de hidrogênio por metais, baseando-se no fenômeno de ´switchable mirrors´ descoberto na University Amsterdam. Quase 10 anos atrás pesquisadores descobriram que certos materiais perdem sua refletividade pela absorção de hidrogênio. Esta técnica tornou-se conhecida como hidrogenografia, ou “escrever com hidrogênio”. Usando essa técnica, Gremaud foi capaz de analisar simultaneamente a eficácia de centenas de diferentes combinações dos metais magnésio, titânio e níquel. Métodos tradicionais precisariam de testes separados para cada liga.

Leia mais em
Hydrogen tank lighter than battery

Entropia e evolução

Pela internet existem alguns textos mal escritos e/ou recheados de desonestidade intelectual que passam a ideia errônea de que a evolução e a segunda lei da termodinâmica não são compatíveis.

Existe uma confusão sobre a questão de aumento de entropia.

É possível SIM existir uma diminuição local de entropia às custas de um aumento da entropia global. Ou seja, a evolução ocorre localmente ás custas de aumento de entropia global.

P.Z. Myers aborda a questão em seu blog, indicando um artigo que trata do assunto, e demonstra que não existe nenhum tipo de conflito entre a entropia e a evolução das espécies.

Leia o artigo
Entropy and evolution
Daniel F. Styer
American Journal of Physics — November 2008 — Volume 76, Issue 11, pp. 1031-1033
https://dx.doi.org/10.1119/1.2973046

Sobre a origem da vida

Artigos em português sobre a origem da vida não são muito comuns. A Química Nova de número 6 e volume 31 deste ano traz um interessante artigo sobre as controvérsias existentes no entendimento da origem da vida.

O artigo serve como um bom resumo, separando a questão entre dois modelos e demonstrando as principais diferenças entre cada um deles.

Justamente por ser resumido, o texto acaba pecando por deixar alguns pontos em aberto. Mas as referências citadas podem ajudar com boas fontes de informações adicionais.

Ficou um gostinho de quero mais.

Algumas controvérsias sobre a origem da vida
Dimas A. M. Zaia, Cássia Thaïs B. V. Zaia
DOI: 10.1590/S0100-40422008000600054

Glicolaldeído no espaço

Glicolaldeído

Cientistas detectaram uma molécula de açúcar que está diretamente ligada à origem da vida. A detecção foi feita em uma região da nossa galáxia onde planetas habitáveis podem existir. A descoverta, parte financiada pelo Technology Facilities Council (STFC) e UK’s Science foi publicada dia 25 de novembro no website Astro-ph.

O time de pesquisadores internacionais, incluíndo cientistas da University College London (UCL), usaram o radio-telescópio IRAM na França para detectar a molécula em uma região do espaço com massiva formação de estrelas, algo como 26000 anos-luz da Terra.

Dr. Serena Viti, um dos autores do artigo, da University College London, disse, “Esta é um descoberta importante por ser a primeira vez que um glicolaldeído, um açúcar básico, foi detectado em uma região de formação de estrelas onde planetas que podem existir planetas que mantém vida.”

A molécula – glicolaldeído – foi previamente somente detectada no centro da nossa galáxia onde as condições são extremas comparadas com o resto da galáxia. Esta nova descoberta, em uma área longe do centro, também sugere que a produção deste ingrediente chave para a vida pode ser comum pela galáxia. Isto é uma boa notícia para a nossa procura de vida fora da Terra, com uma larga presença destas moléculas temos mais chances de ter outras moléculas vitais para a vida em regiões onde planetas semelhates à terra podem existir.

O time foi capaz de detectar glicolaldeído pelo uso de um telescópio para observar a região com uma resolução grande-angular e em diferentes comprimentos de onda. As observações confirmaram a presença de três linhas de glicolaldeído através da parte mais central do núcleo da região.

Glicolaldeído, o açúcar monosacarídeo mais simples, pode reagir com o propenal para formar ribose, o constituinte central do ácido ribonucléico (RNA), sendo uma molécula central na origem da vida.

O professor Keith Mason, chefe do Science and Technology Facilities Council (STFC), disse, “A descoberta de uma molécula orgânica de um açúcar em uma região de formação de estrelas é muito excitante e irá providenciar informação incrivelmente útil na nossa busca por vida em outros planetas. Pesquisadores gostam disso, combinado com uma vasta rede de outros projetos astronômicos de pesquisadores ingleses, estamos continuamente expandindo nosso conhecimento sobre o Universo e mantendo a Inglaterra na linha de frente da astronomia.”

First detection of glycolaldehyde outside the Galactic Center
M.T. Beltran, C. Codella, S. Viti, R. Neri, R. Cesaroni

Via Physorg

Leia também
Naftaleno no espaço

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( [email protected] ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.

Argônio – inerte e brilhante

mostrando luz com argônio
Um tubo com argônio em baixa pressão e submetido a uma alta tensão produz uma luz azulada.
O argônio é um gás inerte e os químicos tiveram uma certa dificuldade em identificá-lo. Foi só em 1894 que William Ramsay conseguiu identificar o elemento.

Veja esta e outras informações no vídeo abaixo.

O vídeo foi legendado em português. Para ver a legenda, clique no PLAY e depois ative a legenda clicando no botão no inferior direito e selecione “Ativar Legendas >> Português”.
Assista mais vídeos traduzidos em
http://www.youtube.com/view_play_list?p=BFA8BBE552D8FF65

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( [email protected] ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.

Aeromodelo movido a celula a combustível

aeromodelo celula combustivel

Um grupo de estudantes da University of Michigan conquistou um novo recorde mundial para o mais longo voo feito por um avião (aeromodelo) abastecido por célula a combustível.

No mês passado o time, conhecido como SolarBubbles, colocou em funcionamento o aeromodelo de 2500 dólares em um voo em volta de um campo em Milan, em Michigan, por um total de 10 horas, 15 minutos e 4 segundos – quebrando a marca anterior que era de 9 horas, que pertencia a uma campania de engenharia da Califórnia.

O avião, um veículo não tripulado (VNT), de nome Endurance, é o resultado de seis meses de trabalho feito pelo grupo de graduação de engenharia aeroespacial. VNTs são comumente utilizados para tarefas militares de mapeamento, teste de perigos químicos ou entrega de material hospitalar em terreno periogoso.

As células a combustível para o projeto foram fornecidas pela compania de Adaptive Materials Inc, de Michigan. de acordo como  Nick Schoeps, da University of Michigan que agora trabalha na compania, “Nós temos alguns outros contratos militares que estamos testando, mas achamos que pode ser uma grande oportunidade para colaborar coma universidade e trazer alguns estudantes para o grupo e ver o que conseguimos obter.”

Schoeps pensa que os VNTs são ideais para testar células a combustível, porque, acompanhando o voo, os engenheiros tem uma clara idéia de como as células trabalham. O objetivo final do grupo é fazer um avião propelido a celula a combustível voar por 24 horas, algo que eles esperam conseguir no próximo ano.

Via Gas2.0

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( [email protected] ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.