Mês: maio 2013

  • Quiralidade como uma luva

    mão sobre quadro branco
    Esta imagem permite fazer uma analogia e imaginar como funciona a quiralidade em um composto químico. Usando como exemplo uma mão, vemos que se desenharmos uma mão esquerda em um quadro branco e tentarmos sobrepor uma mão direta sobre a imagem, não ocorrerá um encaixe adequado do desenho com a mão. O mesmo pode ser notado quando alguém tentar apertar a mão direita de uma pessoa usando a mão esquerda; ou tenta utilizar uma luva trocada.
    Tal fenômeno existe também na química, pois algumas estruturas químicas inicialmente pareceriam ter a mesma função, por terem os mesmos átomos. Na verdade apresentam atividades diferentes por terem tais átomos ligados em posições que os diferenciam; da mesma forma como uma mão direita é diferente de uma mão esquerda – não pela existência dos dedos, mas pela posição destes.
    Digamos, por exemplo, que a mão desenhada no quadro fosse uma fechadura que só é ativada com a chave certa; e neste exemplo somente a mão esquerda seria a “chave” certa para ativar esta “fechadura”. Analogia semelhante pode ser aplicada na função biológica de certas moléculas, que agem somente quando existe um “encaixe” adequado. E# somente a molécula com a “estrutura certa” poderia servir na posição certa.

    Imagem em licença Creative Commons (by-nc-sa).
    by nc sa

    Texto escrito por Lígia Bartmer.

  • Perdendo alguns dedos em uma reação química

    martyn levanta a mão mostrando como o colega perdeu os dedos
    Professor Martyn Poliakoff conta como um colega perdeu alguns dedos da mão em um acidente no laboratório. E em seguida demonstra uma reação que gera o perigoso composto.

    O procedimento:
    Em uma proveta coloque uma solução aquosa de dicromato de potássio, um pouco de ácido sulfúrico; então adicione cuidadosamente um pouco de éter etílico.
    O éter permanecerá acima da camada aquosa, permitindo que um pouco de peróxido de hidrogênio seja adicionado, resultando em uma reação que prossegue ao fundo da proveta.
    O azul escuro é decorrente da presença de CrO5, um composto estabilizado em éter.

    Não tente repetir o experimento sem conhecimento detalhado das concentrações, quantidades e procedimentos de segurança necessários neste caso.

    Vídeo com legendas em português.

    Texto e legenda escritos por Luís Roberto Brudna Holzle – Professor Doutor na Universidade Federal do Pampa ( luisholzle@unipampa.edu.br )