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Taça com água tônica, azeite de oliva, álcool e espinafre

coquetel de cores
Esta taça possui duas fases, a superior é uma mistura de azeite de oliva com um extrato de folhas de espinafre feito com álcool (etanol). Na parte inferior temos água tônica.
O brilho é devido à iluminação feita com luz ultravioleta (UV). Neste caso o extrato de espinafre tem um brilho intenso e vermelho; enquanto que a água tônica brilha azul pela presença de quinina em sua composição.
O brilho vermelho ocorre em parte pela interação da luz ultravioleta com a clorofila presente no extrato, que emite parte da energia recebida no comprimento de onda correspondente ao vermelho, em um processo chamado de fluorescência. Processo semelhante ao que ocorre com a quinina.

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Medidor de Fluorescência Caseiro

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( [email protected] ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.

Imagem em licença Creative Commons (by-nc-sa).
by nc sa

Uma mão que brilha!

mão com luva e líquido que brilha no escuro
O líquido extraído de pulseiras luminosas de várias cores foram utilizadas para criar este efeito.
O brilho mais intenso foi obtido pela iluminação por luz negra (ultravioleta (UV)).
A mão foi protegida com uma luva para evitar queimaduras na pele, que podem ocorrer devido à possível presença de certa quantidade de água oxigenada (peróxido de hidrogênio) na composição deste tipo de pulseira luminosa.
Por ser um produto adquirido avulso, não é possível saber exatamente a composição química do material.

Para saber mais sobre a química, e alguns experimentos, veja:
Quimiluminescência orgânica: alguns experimentos de demonstração para a sala de aula

Imagem em licença Creative Commons (by-nc-sa).
by nc sa

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( [email protected] ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.

Pasta de elefante

espuma saindo de uma proveta
A pasta de elefante (ou foaming goo) é um experimento realizado de formação instantânea de uma espuma. Para este efeito são utilizados peróxido de hidrogênio (água oxigenada), iodeto de potássio, sabão e corante.
A água oxigenada possui um átomo a mais de hidrogênio oxigênio do que a água comum. Esse oxigênio é facilmente liberado. Essas soluções são instáveis, ocorrendo decomposição lenta à temperatura ambiente, com formação de água e oxigênio.
2 H2O2(aq) –> 2 H2O(l) + O2(g)
O iodeto de potássio, utilizado como catalisador, acelera a decomposição da água oxigenada, fazendo com que ela libere o oxigênio de forma muito rápida.
Umas gotas de detergente líquido são adicionados à água oxigenada para evidenciar a velocidade de liberação de oxigênio antes de se adicionar o catalisador.
Como há sabão na mistura, as bolhas de oxigênio acabam formando uma grande espuma, que fica colorida por causa do corante.
Um esquema da reação química pode ser escrito da seguinte forma:
H2O2 (aq) + I- (aq) –> H2O (l)+ IO- (aq)
H2O2 (aq) + IO- (aq) –> H2O (l)+ O2 (g)+ I- (l)

A reação recebe este nome provavelmente por ter uma aparência de uma creme dental gigante.

Texto escrito por Victória Kopp.

Imagem em licença Creative Commons (by-nc 2.0), via Micheal J.

Minerais em resíduos radioativos

microscopia de cancrinita
A pesquisa sobre energia nuclear dedica uma boa dose de esforços no entendimento da estabilidade físico-química e segurança dos resíduos ainda radioativos, resultantes da atividade de geração de energia por meio de um reator nuclear.
Nos EUA um dos orgãos que trabalha na área é o Pacific Northwest National Laboratory (PNNL), e uma das pesquisas investiga a formação de depósitos minerais em resíduos radioativos de natureza sólida ou líquida.
Resíduos líquidos podem apresentar formação de mineralizações bem características, como é o caso do mineral chamado de cancrinita, originado quando os compostos solúveis aluminato de sódio, silicato, carbonato e nitrato precipitam.
Nos tanques de resíduo esta cancrinita foi identificado como um capturador de íons nitrato – normalmente solúveis em água e que podem escapar dos resíduos indo parar em águas subterrâneas. Tal captura é de interesse dos pesquisadores, pois evitaria a mobilidade do material radioativo, minimizando o risco de contaminação ambiental durante o longuíssimo prazo pelo qual o resíduo radioativo deve ser estocado.

Os membros do time do PNNL, responsáveis pela pesquisa, são: Paul MacFarlan, Edgar Buck, Bruce McNamara e Cal Delegard.

O material foi coletado dos resíduos estocados no sítio de Hanford, sudeste do estado de Washington, gerados na época em que se produzia plutônio.

Provavelmente a imagem foi obtida por meio de uma microscopia eletrônica de varredura; e neste caso as cores da fotografia são usadas apenas para diferenciar as diferentes estruturas visíveis no caso.

Os resultados da pesquisa foram publicados em 2004, no ‘Environmental Science & Technology’, em artigo entitulado ‘Precipitation of Nitrate−Cancrinite in Hanford Tank Sludge’ (DOI: 10.1021/es034943i)

Imagem em licença Creative Commons (by-nc-sa 2.0), via PNNL – Pacific Northwest National Laboratory.

Texto escrito e adaptado por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle.
Imagem encontrada por Lígia Bartmer.

M&Ms em água

chocolate colorido dentro de água pura
Estas pequenas balas com recheio de chocolate são recobertas por uma camada açucarada, adicionada de diferentes tipos de corante.
Ao ser colocado na água o açúcar vai aos poucos se dissolvendo e leva junto consigo uma certa quantidade do corante da bala, que é também solúvel em água.

O açúcar flui na água de regiões com alta concentração do açúcar, para regiões menos concentradas. Em um dado momento as cores praticamente não se misturam mais! Porque isto ocorre? Uma explicação possível é que na região da fronteira entre elas a concentração de açúcar é praticamente igual, diminuindo a tendência de fluxo do açúcar e do corante.

Dica de experimentos. Tente repetir em água quente e fria, em água já contendo uma certa quantidade de açúcar ou sal, em álcool etílico,… E envie o resultado para nós!

Imagem em licença Creative Commons (by-nc-sa).
by nc sa

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( [email protected] ) – Universidade Federal do Pampa – Bagé.

Movimento em água quente e fria


Água fria na esquerda e quente na direita.
O corante vermelho se espalha rapidamente por todo o líquido que está quente, mas faz isso de forma um pouco mais lenta no líquido frio. Por que?
A explicação vem de 1827, quando o botânico escocês Robert Brown observou, por meio de um microscópio, pequenos grãos de pólen de plantas, que flutuavam dentro da água. Sua hipótese foi da existência de vida naqueles pólens, pois não havia outra explicação de onde vinha aquela energia que movia essas partículas. Ele testou outras substâncias, como teia de aranha, e até substâncias inorgânicas, descartando a possibilidade de ser em relação a vida. Várias explicações foram dadas até que em 1877, o jesuita belga Joseph Delsaulx escreveu: “No meu modo de pensar, esse fenômeno se deve ao movimento térmico das moléculas do líquido que circunda as partículas”.

O movimento das partículas em um líquido é um caminho irregular e imprevisível. E atualmente é conhecido como movimento browniano, em homenagem a Robert Brown.
As moléculas da água estão em constante movimento e se colidam, continuamente, e foi isto que Brown observou na mistura de água e pólen.

De acordo com a experiência registrada na fotografia acima, as moléculas do corante colidam com as da água, que também estão em movimento. A água quente tem suas moléculas mais agitadas por causa da temperatura elevada, permitindo assim um deslocamento mais rápido das partículas. Assim, o corante se dispersa mais facilmente do que na água fria.

Texto escrito por Victória Kopp.

Imagem em comemoração à Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.

Imagem em licença Creative Commons (by-nc-sa).
by nc sa